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2012 - Livro Vermelho 2013

Siphocampylus verticillatus (Cham.) G.Don LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 03-10-2012

Criterio:

Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Siphocampylus verticillatus conhecida popularmente por "Jaratataca"e "Coral", caracteriza-se por ervas, de até 2 m de altura, terrícolas e/ouaquáticas. Não endêmica do Brasil. Restrita do bioma Mata Atlântica, onde éencontrada em terreno brejoso. Amplamente distribuída. Apresenta EOO de 1.325.371,812 km².Protegida pelo Parque Estadual de Vila Velha, Parque Nacional do Itatiaia eParque Nacional do Itaimbézinho. Sua distribuiçãodisjunta e pontual entre Estados brasileiros possivelmente levará a categoriasde ameaça em avaliações regionais. Não ameaçada no âmbito nacional.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Siphocampylus verticillatus (Cham.) G.Don;

Família: Campanulaceae

Sinônimos:

  • > Lobelia verticillata ;
  • > Siphocampylus verticillatus var. grandiflorens ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Gen. Hist. 3: 703. 1834. Assemelha-se a S. sulfureus, quanto ao hábito e habitat, sendo comum encontrar espécimes de S. sulfureus identificados como S. verticillatus, no entanto são facilmente diferenciadas pela morfologia e coloração da corola. Nomes populares: "Jaratataca" e "Coral" (Godoy, 2003).

Distribuição

Ocorre no Paraguai, Uruguai e Argentina (Godoy, 2003); no Brasil ocorre nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Godoy, 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por ervas robustas, eretas, de até 2 m de altura (Godoy, 2003); anfíbia (Cervi et al., 2009).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Extinta (EX) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em unidades de conservação (SNUC): Parque Estadual de Vila Velha, no Estado do Paraná, Parque Nacional do Itatiaia, no Rio de Janeiro, e Parque Nacional do Itaimbezinho, no Rio Grande do Sul (CNCFlora, 2011).

Referências

- GODOY, S.A.P. Siphocampylus verticillatus in Siphocampylus (Campanulaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB028256>.

- GODOY, S.A.P. Siphocampylus (Campanulaceae). In: WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD, G.J.; MELHEM, T.S.; GIULIETTI, A.M.; KIRIZAWA, M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP/Rima, p.20-28, 2003.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- CERVI, A.C.; BONA, C.; MOÇO, M.C.C.; VON LISINGEN, L. Macrófitas aquáticas do Município de General Carneiro, Paraná, Brasil., Biota Neotropica, p.215-222, 2009.

Como citar

CNCFlora. Siphocampylus verticillatus in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Siphocampylus verticillatus>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 03/10/2012 - 13:30:45